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Narrativas de aprendizes de italiano


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Nome: Rômulo Francisco de Souza.
Idade: 25 anos.
Escolaridade: Ensino Superior incompleto - Letras UFMG.
Narrativa coletada por: Lindiane Ismênia Costa Vieira em Setembro de 2004.
Tempo de aprendizagem da língua italiana: 04 anos.

Meu nome é Rômulo, tenho 25 anos e estudo italiano há quatro anos. Desde do primeiro semestre de 2000 quando eu entrei para a faculdade de Letras. Antes da faculdade eu estudava inglês, principalmente inglês instrumental para o vestibular. Na verdade, eu estudei inglês durante a vida toda na escola. Eu acredito que eu comecei a estudar italiano por causa de um CD do Renato Russo que chama Equilibrio Distante. Por que eu sou muito fã do Legião Urbana e na época esse CD apareceu na minha vida, lá em casa, nem fui eu quem comprei. Eu ganhei de presente, e como eu gostava muito de Legião, e gosto ainda, eu ouvia o CD direto, adorei, o CD, e conseqüentemente a paixão acho que passou para a língua. E foi aí que eu descobri a língua italiana. Acho que eu fui preso, sem dúvida, pelo prazer. E aí eu descobri que eu gostava daquela língua. Achei muito bonita e tal, e tanto que pouco antes do vestibular eu estava gostando tanto de italiano que eu não estava gostando mais de estudar inglês. Estava achando terrível ter que estudar inglês para o vestibular. Porém não dava para eu começar a estudar o italiano por causa do vestibular que tem muita coisa para estudar. Na época, quando eu comecei a estudar italiano, além das aulas, eu usava muito um CD- ROOM do método que vinha junto com o manual. O manual é o que chama In Italiano que é um manual totalmente estrutural, então eu gostava muito de pegar o CD que vinha junto com esse manual e ficar resolvendo esses exercícios em casa. Estudei muito assim. Eram exercícios de completar, igual ao livro e quando você completava tinha uma gravação que repetia a frase. Eu ficava memorizando aquelas frases e o vocabulário. Eu estudava a gramática que vinha nesse livro porque o principal do livro era gramatical apesar que tinha uma parte que indicava algumas funções, e eu também ficava memorizando funções. Estudava bem a gramática e pegava aqueles pedacinhos e ficava fantasiando diálogos comigo mesmo. Eu pegava as funções como, por exemplo, como pedir ajuda e criava situações mentais e tentava contextualizar comigo mesmo, e eu fazia as duas partes. Até antes de eu aprender italiano eu já tinha o encarte com as letras do CD do Legião Urbana. Eu ficava lendo, acompanhando e cantando. Só que eu não entendia nada do que estava sendo dito. Eu também falo muito sozinho, não só em situações, mas como discurso mesmo. Atualmente eu escuto muitas músicas também. Leio, literatura italiana e também procuro sair um pouco de literatura clássica, porque a língua muda, o italiano muda, e procuro um tipo de literatura que mostra o italiano mais contemporâneo e oral. Converso na internet, aliás, ultimamente, eu até estou com muito pouco tempo para fazer isso. Teve uma época que eu conversava muito na internet, em chats, leio muito em internet também, em italiano, correspondo por e-mail também e faço isso exatamente com a intenção de praticar meu italiano.