PAIVA, V.L.M.O. Estratégias individuais de aprendizagem de língua inglesa. Letras e Letras. v. 14, n. 1, jan./jul. 1998. p. 73-88

ESTRATÉGIAS INDIVIDUAIS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA

Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva

Educadores em várias partes do mundo vem se dedicando às pesquisas sobre estratégias de aprendizagem de forma a auxiliar os alunos a obterem mais sucesso na aprendizagem de línguas estrangeiras. Desde 1992, um grupo de pesquisadores da UFMG, no qual me incluo, vem se dedicando a esse tipo de pesquisa. Este trabalho apresenta alguns de nossos resultados de pesquisa sobre estratégias individuais de aprendizagem de língua inglesa, tendo como informantes alunos de língua inglesa da Faculdade de Letras da UFMG. Os dados foram coletados através de dois instrumentos: relatos individuais escritos e a versão brasileira do questionário SILL (Strategy Inventory for Language Learning) de Oxford (1989).

Antes de apresentar os resultados da pesquisa, serão feitas algumas considerações sobre estratégias de aprendizageem. Segundo Cohen et ali (1996),

estratégias de aprendizagem e de uso da língua estrangeira são passos ou ações selecionados pelos aprendizes para melhorar a aprendizagem ou o uso da língua, ou ambos.(...), são pensamentos e comportamentos conscientes que os alunos utilizam para facilitar as tarefas de aprendizagem e personalizar o processo de aprendizagem da língua.

As classificações mais usadas para a descrição dessas estratégias são aquelas elaboradas por O’Malley e Chamot (1987) e por Rebecca Oxford (1989). O’Malley e Chamot dividem as estratégias em 3 grupos: Metacognitivas, Cognitivas e Socio/afetivas. Rebecca Oxford divide as estratégias em dois grandes grupos que, também, se subdividem em três grupos cada. Assim, temos um grupo de estratégias diretas e outro de estratégias indiretas. O grupo das diretas se divide em estratégias de memória, cognitiva e compensação e o das indiretas em metacognitivas, sociais e afetivas. Vejamos o que cada subgrupo engloba:

ESTRATÉGIAS DIRETAS

Estratégia de memória: armazenagem e recuperação de informações novas.

Estratégias cognitivas: compreensão e produção de novos enunciados através da manipulação e da transformação da língua alvo pelo aprendiz.

Estratégias de compensação: auxílio na compreensão e produção da nova língua apesar das limitações no conhecimento.

ESTRATÉGIAS INDIRETAS

Estratégias metacognitivas: planejamento, controle e avaliação da aprendizagem.

Estratégias afetivas: regulagem de emoção, atitudes, valores e motivação.

Estratégias sociais: interação e cooperação com os outros.

Com base nessa classificação, Oxford (1989) elaborou o questionário SILL (anexo 2), que se divide nas mesmas seis partes de sua taxinomia. São 9 perguntas sobre estratégias de memória, 14 sobre estratégias cognitivas, 6 sobre estratégias de compensação, 9 sobre estratégias metacognitivas, 6 sobre estratégias afetivas e 6 sobre estratégia sociais.

Há controvérsias sobre essa e outras classificações, mas para fins deste trabalho, adotaremos a classificação de Oxford, já que optamos pelo uso do questionário por ela elaborado. Essa classificação também servirá de base para a análise dos relatos escritos.

Os relatos foram coletados através das redações em inglês do exame supletivo, que é uma oportunidade dada aos alunos do Curso de Letras da UFMG, com habilitação em língua estrangeira, que desejam ir para um estágio mais avançado. Esses alunos se submetem a uma prova desde que possam comprovar já ter cursado o idioma ou vivido em um país onde se fala aquela língua. Por três anos, de 1992 a 1994, pedimos aos alunos da habilitação em inglês que descrevessem o que eles fazem para aprender a língua. Esses informantes foram escolhidos por já terem estudado inglês em outras instituições e por se considerarem bem sucedidos, já que estavam se candidatando a um teste com o objetivo de eliminar algum ou alguns semestres do curso.

PRIMEIRA ETAPA

A primeira etapa da pesquisa (Paiva, 1994), já concluída, teve como informantes dois grupos de 57 alunos de língua inglesa que se submeteram ao exame supletivo em 1992. Nessa etapa, procuramos identificar apenas as ações concretas efetuadas pelos alunos para promover a aprendizagem da língua inglesa. Foram computadas apenas as estratégias que haviam sido recorrentes. Assim foram deixadas de fora estratégias como, por exemplo, falar sozinho, por ter tido apenas duas ocorrências.

O quadro abaixo nos dá uma visão geral do que esses alunos consideram mais eficaz.

ESTRATÉGIAS

ALUNOS

57

%

LER

42

73.68

ASSISTIR FILMES

29

50.87

CONVERSAR

25

43.85

OUVIR MÚSICA

24

42.10

ASSISTIR AULA

19

33.33

OUVIR GRAVAÇÕES

15

22.80

ESTUDAR GRAMÁTICA

13

26,31

VIAJAR AO EXTERIOR

11

19.29

TER UM CORRESPONDENTE

07

12.28

CONSULTAR DICIONÁRIO

07

12.28

Podemos perceber no quadro acima que os aprendizes apontaram a leitura como um dos meios mais utilizados para se aprender a língua. Em seguida, vêm assistir filmes, conversar em inglês e ouvir canções em inglês. Assistir aulas aparece em quinto lugar, estratégia citada por apenas 33,33 % dos informantes. Esse dado comprova a hipótese de que os alunos aprendem apesar do método e do professor, pois desenvolvem suas estratégias individuais de aprendizagem.

SEGUNDA ETAPA

A segunda etapa da pesquisa tem como corpus 61 redações escritas em inglês por alunos que se candidataram em 1993 (32 alunos) e 1994 (29 alunos) ao exame supletivo de língua inglesa nos Curso de Licenciatura em Inglês da FALE/UFMG. Foi pedido aos alunos que escrevessem sobre suas experiências como aprendizes de língua inglesa. Nas redações, eles relatam suas trajetórias como aprendizes de inglês e dizem o que se deve fazer para aprender o idioma. As estratégias apontadas foram categorizadas de acordo com o SILL (Strategy Inventory of Language Learning) e não houve preocupação de se fazer nenhuma contagem. Nosso objetivo foi comparar as estratégias listadas por Oxford com as relatadas pelos alunos e verificar se haveria coincidência entre os dois grupos.

Vários depoimentos ressaltaram a importância de se estar em contato com o idioma, assistindo filmes e programas de TV, colecionando letras de música, ouvindo fitas gravadas, viajando, conversando com nativos, lendo livros, assinando a revista Speak Up, consultando dicionários e correspondendo em inglês. Essa necessidade de estar sempre em contato com o idioma é um tema recorrente em todos os relatos. Os trechos abaixo são bem representativos:

(1) When I walk on the street, I read the T-shirts of the people, I was very curious like children, when they started to learn their idiom. I looked for words in a dictionary (English-Portuguese), I never used a Portuguese-English dicitionary. And I studied it very hard, because I wanted to improve my vocabulary. I went to a library in my school and I took books, magazines for my house on the weekends. I became a subscriber of Speak-Up, it’s a good magazine for students, we can read it and listen the tape, then we can train our ears, it has some interesting news and songs.(...) You should read a lot, books, magazines, newspapers, cartoons, and you should study grammar, I think it’s a good way to improve your learn.

(2) I have also been practicing my English outside the classroom, by listening to music, watching some movies in English, reading some magazines, which are things that help a foreign language student improve the pronunciation and the achievement of vocabulary.

A estratégia mais apontada é a leitura, o que confirma os resultados da primeira pesquisa. Uma estratégia muito lembrada é a interação com nativos. Vários informantes tiveram a oportunidade de morar no exterior e apontam essa experiência como a forma mais rápida e eficaz de se adquirir a língua alvo.

É interessante observar que na primeira parte da pesquisa, nenhum informante fez referência à utilização de tradução como estratégia para a compreensão. Na segunda parte, apenas um informante menciona a tradução, mas como o último recurso a ser usado. Vejamos o que ele diz :

(3) If I feel that word can be usefull in my oral practice, I write it in a piece of paper with its meaning and I generally read it twice or more. After that, I try to use it in sentencces until I am really sure I got its real meaning. I try to use it in negative, affirmative and interrogative sentenes so that I can know if its use in those patterns are possible. But if I could not understand its meaning in English? No way, I look for its meaning in Portuguese and then I work the same way I describe above.

O fato de não aparecerem relatos sobre a estratégia "tradução" pode estar relacionado ao grande preconceito de que a tradução interfere negativamente na aprendizagem.

Reproduzimos, a seguir, exemplos para cada tipo de estratégia

I. Estratégias diretas

1. de memória

(1)To learn new vocabulary I try read many texts. (...) Read and read, that’s what I think. Keep on your mind new words. Write them once, twice, until to know new words really what are they want to say.

(2)If I feel that a word can be usefull in my oral practice, I write it in a piece of paper with its meaning and I generally read it twice or more. After that, I try to use it in sentencces until I am really sure I got its real meaning. I try to use it in negative, affirmative and interrogative sentences so that I can know if its use in those patterns are possible. But if I could not understand its meaning in English? No way, I look for its meaning in Portuguese and then I work the same way I describe above.

(3)As my memory isn’t very good, I like to write the new words and I try to make sentences with them. Doing that I can pick up many new words in a short time.

2. cognitivas

(1)In case of writing, the best way is write, write and write until learn the correct form....

(2)...talk, talk as much as you can. Does not matter if the the only listener is yourself.

(3)The first thing when I hear some weird word: I try to repeat it and I try to spell it in order to know what I speak it was what I hear, and if I fail, I repeat the word (or the expression or whatever it is) until I can get it.

You must try to think only in English..

(4)I look for the word in the dictionary - the explanation in English. This helps me to learn or make me think in English.

(5)First of all, you should buy a good English grammar and other books that allow you to understand better the language. It’s very important doing a lot of exercises too.

(6)There are stages of learning and the first stage is that of making mistakes and learning from them. You have to be daring, otherwise you won’t get anywhere.

(7)...having a penfriend from Canada helps me even more: as we are both keen on writing, her long letters always contain something new.

1. metacognitivas

(1)I knew my difficults and I’ve learned a lot of things while I studied at home.

2. afetivas

(1)Studying a language is a passion..

(2)You have to like it so much to learn it well.

(3)I always had a special feeling for this language.

There are stages of learning and the first stage is that of making mistakes and learning from them. You have to be daring, otherwise you won’t get anywhere.

(4)Most important of all was, although the will of doing my best, I’m not afraid of trying, and it is also a very good thing to keep in mind. Lest one is dumb, one must be courageous to speak.

3.SOCIAL

(1)I If I am not able to understand its meaning (meaning of a word), I ask for somebody...

2)...having a penfriend from Canada helps me even more: as we are both keen on writing, her long letters always contain something new.

(3)I had the opportunity to travel to the USA with some friends. We were 25 people and among us there were only 7 people who knew English, and, I was one of them. There, my shiness had to give place to the necessity. I ought to speak English for me and for many others. For my surprise I passed on this test. I discovered I could not only understand, but even discuss in English.

(4)... and speak the language the most he/she can: talking to someone who speaks English, and not being ashamed for making mistakes.

(5)I am having problems with English now. I’m learning new forms, grammar, etc, but I don’t get talking with anybody. I’m afraid. It’s terrible! But, it’s the reality. I think it’s hapenning because I know few. I think it’s necessary to study more. However, I’m trying to communicate with what I know. I’m talking in English with a friend, while we are walking around. She is asking me about your habits when she lived at London. She smiles and she answer all my questions.

(6)English language gives me good situations in meetings with American people that came to Brazil to study, to work or just for fun. When you’re talking to an American person, for example, it’s the best time to improve your English.

(7)... I had opportuity to practice with my Pakistanese uncle who lived in England and USA ...

(8)I’ve working in a hotel and receive all the moment foreign guests. I talk to them so much and I think it’s because this I dind’t forget my English yet. We must be even practicing to learn more and more. It’s the most important thing I consider to learn a good language.

TERCEIRA PARTE

Na terceira parte da pesquisa, fizemos uma comparação entre aprendizes de várias línguas estrangeiras. A amostra, coletada no segundo semestre de 1996, é composta de 58 alunos do turno noturno da Licenciatura em Letras da UFMG, cursando o terceiro período de Alemão, Espanhol, Francês e Inglês, assim distribuídos: 7 de alemão, 9 de francês, 19 de inglês e 23 de espanhol. O terceiro período foi escolhido porque os alunos estão no meio do curso, o que significa que já possuem algum conhecimento, mas ainda têm muito o que aprender.

Os dados obtidos com os questionários revelam que as estratégias mais utilizadas são as metacognitivas e as menos usadas são as de memória e as afetivas. Dentre as estratégias metacognitivas, os alunos apontaram como a mais utilizada "prestar atenção quando alguém está falando na língua estrangeira" e a menos utilizada foi "procurar pessoas com quem possam praticar".

Nas de memória, os informantes apontaram "estabelecer relações entre o que se sabe e o que se aprende" como a mais usada e "usar rimas e usar cartões relâmpagos como as menos usadas.

Quanto as afetivas, a mais usada é "tentar ficar calmo sempre que sente medo de usar a LE" e a menos usada é "a utilização de diários para anotar os sentimentos", o que é justificado pelo fato dos diários ainda não fazerem parte da cultura acadêmica brasileira.

Foi feito um cruzamento entre os resultados finais obtidos pelos alunos e as estratégias utilizadas e foi constatado que os alunos bem sucedidos utilizam com maior freqüência as estratégias de aprendizagem conforme se constata nas tabelas abaixo:

Resultado Final cruzado com cada estratégia de aprendizagem para as quatro Línguas Estrangeiras

Resultado Final

(Nº de Alunos; %)

Estratégia de Memória

Estratégia Cognitiva

Estratégia de Compensa-ção

Estratégia Metacognitiva

Estratégia Afetiva

Estratégia Social

Média Global das Estratégias

0 até 59 pontos

(10 ; 7,24%)

2.84

3.24

2.84

3.61

2.73

3.35

3.12

60 a 69 pontos

(7 ; 12,07%)

2.41

3.19

3.61

3.58

2.67

3.31

3.13

70 a 79 pontos

(16;27,59%)

2.79

3.03

3.13

3.62

2.92

3.05

3.08

80 a 89 pontos

(20 ; 4,48%)

2.66

2.97

3.01

3.72

2.82

3.24

3.07

90 a 100 pontos

(5 ; 8,62%)

2.48

3.26

3.64

3.56

2.58

3.50

3.18

Notamos que os alunos considerados "mal sucedidos", cujas notas variam de 0 a 59 pontos, apresentam menor média nas Estratégias Afetivas e a maior média nas Estratégias Metacognitivas. Já os alunos considerados "bem sucedidos", cujas notas variam de 90 a 100 pontos, apresentam menor média nas Estratégias de Memória e maior média nas Estratégias de Compensação. A média global das estratégias, mostrada na última coluna, também apresenta uma superioridade dos alunos "bem sucedidos", indicando que eles utilizam com maior freqüência as estratégias de aprendizagem de forma global. São também os bem sucedidos que mais utilizam as estratégias cognitivas, de compensação, e as sociais.

Os alunos mal sucedidos confiam mais na memória que os alunos das outras quatro faixas. É bastante relevante a constatação de que os alunos bem sucedidos sabem lidar melhor com as limitações de conhecimento e utilizam mais estratégias sociais do que os outros alunos, o que pode explicar, em parte, seu sucesso.

Alguns pontos negativos podem ser apontados em nossa pesquisa. Em primeiro lugar, cabe uma crítica ao questionário utilizado na coleta de dados que deveria sofrer uma adaptação à nossa realidade. Itens como "uso de cartões relâmpagos" e "uso de diários" são pouco freqüentes em nossa cultura, o que pode desvirtuar o resultado na descrição de estratégias de memória e das afetivas. O fato dos informantes não reportarem que usam esta ou aquela estratégia específica não significa, necessariamente, que eles não se utilizam de estratégias daquele grupo, ou que sejam deficientes nessas áreas. O ideal é que utilizemos outros métodos de coleta de dados para ter uma visão mais holista dos aprendizes. A entrevista poderia ter sido um bom instrumento para cruzamento dos dados, mas infelizmente, como os questionários foram aplicados em fim de semestre, não nos foi possível fazer as entrevistas.

Apesar das críticas à metodologia, os resultados evidenciam que as pessoas aprendem de forma diferente em decorrência de seus diferentes estilos e contextos de aprendizagem. A sala de aula é apenas um dos fatores que interferem no progresso do aprendiz. Compete ao professor, dentro de um enfoque humanístico, incentivar os alunos a se responsabilizarem por sua aprendizagem, conscientizando-os sobre os processos cognitivos e treinando-os no uso de estratégias mais eficientes. Dessa forma, o professor poderá contribuir para a tomada de decisões que resultarão na formação de aprendizes mais bem sucedidos e autônomos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COHEN, Andrew D., WEAVER, Susan J, & LI, Tao-Yuan. The impact of strategies-based instruction on speaking a foreign language. Minneapolis: National Language Resource Center/ The Center for Advanced Research on Language Acquisition, 1996. 48 p. (Relatório)

O’MALLEY, J. M. & CHAMOT, A. V. Learning Strategies in second language acquisition. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.

OXFORD, R. L. Language learning strategies:what every teacher should know. New York: Newbury, 1989.

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e . Input organization. In: LEFFA, Vilson J. Input organization. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1994. p.311-322

APÊNDICE 1

I. ESTRATÉGIAS DIRETAS

1. Estratégias de memória

A. Criação de elos mentais

1. agrupar: sinônimos, antônimos, ou campo semântico.

2. associar/elaborar: relacionar informação nova com outras já existentes na memória.

3. colocar palavras novas em contexto: ex.fazer frases.

B. Utilização de imagens e sons

1. imagens : gravuras, desenhos

2. mapa semântico : arranjar palavras em um desenho que tenha no centro ou no topo um conceito chave ao qual outros são ligados através de linhas ou setas.

3. palavras chaves : elos auditivos, isto é, associar palavras da L2 a palavras da L1 que têm sons semelhantes.

4. representação de sons na memória: ex. usar rimas para lembrar

C. Revisão efetiva (a revisão auxilia na memorização)

1. revisão estruturada (revisão em intervalos regulares que podem ir se espaçando a medida que a informação torna-se natural e automática)

D. Emprego de ação

1. uso de sensações ou respostas físicas

2. uso de técnicas mecânicas: ex. cartão relâmpago

2. Estratégias cognitivas

A. Praticar

1. repetir

2. praticar formalmente sons e ortografia

3. reconhecer e usar fórmulas, paradigmas e expressões formulaicas:            ex.  Hello, how are you? / It's time to.....

4. recombinar : ex. unir orações

5. praticar de forma natural : ex. conversar, ler

B. Receber e enviar mensagens

1. apreender a idéia com rapidez: achar idéia principal (skimming) e achar detalhes (scanning)

2. usar recursos para captar e enviar mensagens através de:

a. meio impresso: dicionário, glossário, gramática, etc

b. meio não-impresso: video, rádio, cinema, etc

C. Analisar e raciocinar

1. raciocinar dedutivamente (aplicar regras)

2. analisar expressões (dividir em partes)

3. analisar contrastivamente (comparar sons, vocabulário,estruturas)

4. traduzir

5. verter

D. Criar estrutura para "input" e "output"

1. tomar notas

2. fazer resumos

3. focar a atenção: sublinhar, marcar, colocar asteriscos

3. Estratégias de Compensação

A. Adivinhar de forma inteligente

1. usar pistas lingüísticas : cognatos, prefixos

2. usar outras pistas : estrutura do texto, conhecimento do mundo, conhecimento dos participantes.

B. Superar limitações da fala e da escrita

1. recorrer à língua materna

2. pedir ajuda

3. usar mímica e gestos

4. evitar comunicação de forma parcial ou total

5. selecionar o tópico

6. ajustar ou aproximar a mensagem : alterar a mensagem, omitindo itens, simplificando as idéias. ex. usar pencil no lugar de pen.

7. criar palavras : ex. paperholder em vez de notebook

8. usar circunlocução ou sinônimo

ex. dishrag: what you use to wash dishes with

II. ESTRATÉGIAS INDIRETAS

1. Estratégias metacognitivas

A. Centrar a aprendizagem

1. apreender e relacionar com material já conhecido

2. prestar atenção

3. retardar a produção oral para focar na audição (período silencioso)

B. Planejar a aprendizagem

1. fazer descobertas sobre a aprendizagem de língua

2. organizar : espaço físico, luz, horário

3. estabelecer metas e objetivos:ex. meta : corresponder no final do ano com alguém no exterior. Ex. objetivo : ler um livro

4. identificar o propósito de uma atividade ouvir, falar, ler, escrever com um propósito definido

5. planejar para uma tarefa

6. procurar oportunidades para praticar

C. Avaliar a aprendizagem

1. auto-monitoração (identificar os erros)

2. auto-avaliação (avaliar o próprio progresso)

2. Estratégias afetivas

A. Diminuir a ansiedade

1. relaxar progressivamente, respirar fundo, meditar (através de imagem mental ou som)

2. usar música

3. rir : assistir uma comédia, ouvir/ler piadas

B. Encorajar-see

1. fazer afirmações positivas (que tal no diário?) ex. I'm reading faster; ou Everybody makes mistakes. I can learn from mine.

2. correr riscos de forma inteligente

3. gratificar-se

C. Medir a temperatura emocional

1. ouvir seu corpo (estou feliz, tensa?)

2. usar "check lists" (auto-avaliação)

3. escrever um diário (data/lição do livro/ atividades principais/ como foi meu desempenho/quais foram minhas dificuldades)

4. discutir seus sentimentos com alguém (Que dificuldades ainda tenho?)

3. Estratégias sociais

A. Fazer perguntas (pedir para repetir, dar exemplo, parafrasear, explicar, falar mais devagar)

1. pedir esclareciemntos

2. pedir correções

B. Cooperar com os outros

1. cooperaração entre pares

2. cooperação com falantes proficientes

C. Solidarizar-se com os outros

1. desenvolver comprensão cultural (tentar entender a cultura do outro)

2. conscientizar-se a respeito dos sentimentos e dos pensamentos dos outros.

APÊNDICE 2

INVENTÁRIO DE ESTRATÉGIAS PARA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

Este questionário foi elaborado para recolher informações de como você aprende uma língua estrangeira. Nas folhas que se seguem, você encontrará afirmações sobre a aprendizagem de inglês. Por favor leia cada afirmação. Na folha de respostas em separado, escreva as respostas (1, 2, 3, 4, 5) que correspondem ao grau de verdade da afirmação:

1. NUNCA OU QUASE NUNCA VERDADEIRA

2. NORMALMENTE NÃO VERDADEIRA

3. DE CERTA FORMA VERDADEIRA

4. NORMALMENTE VERDADEIRA

5. SEMPRE OU QUASE SEMPRE VERDADEIRA

NUNCA OU QUASE NUNCA VERDADEIRA significa a afirmação é muito raramente verdadeira.

NORMALMENTE NÃO VERDADEIRA significa que a afirmação é verdadeira em menos da metade das ocasiões.

DE CERTA FORMA VERDADEIRA significa que a afirmação é verdadeira em cerca de metade das ocasiões.

NORMALMENTE VERDADEIRA significa que a afirmação é verdadeira em mais da metade das ocasiões.

SEMPRE OU QUASE SEMPRE VERDADEIRA significa que a afirmação é verdadeira em quase a totalidade das ocasiões.

Responda em termos da fidelidade com que a afirmação descreve você. Não responda de acordo com o que você pensa que deve ser, ou de acordo com que as outras pessoas fazem. Coloque suas respostas na folha de respostas. Não faça nenhuma marca nos itens. Trabalhe rapidamente, porém, cuidadosamente. O tempo gasto é normalmente de 20-30 minutos. Se você tiver alguma pergunta dirija-se ao professor imediatamente.

INVENTÁRIO DE ESTRATÉGIAS PARA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

Parte A

1. Tento estabelecer relações entre o que eu já sei e as coisas novas que eu aprendo em inglês.

2. Escrevo frases com as novas palavras em inglês como forma de memorizá-las.

3. Faça conexão do som de uma nova palavra com uma imagem da palavra para ajudar-me memorizá-la.

4. Lembro-me de uma palavra nova fazendo uma imagem mental da situação na qual a palavra poderia ser usada.

5. Uso rimas para lembrar as novas palavras.

6. Uso cartões-relâmpagos para lembrar as nova palavras em inglês.

7. Dramatizo fisicamente as palavras novas em inglês.

8. Freqüentemente faço uma revisão das lições.

9. Recordo as palavras novas em inglês lembrando-me da sua localização na página, no quadro, ou em um cartaz na rua.

Parte B

10. Digo ou escrevo novas palavra em inglês várias vezes.

11. Tento falar com falantes nativos de inglês.

12. Pratico os sons de inglês.

13. Uso as palavras em inglês que eu reconheço de formas diferentes.

14. Tomo a iniciativa de começar conversações em inglês.

15. Vejo programas em inglês na TV ou vou ao cinema para assistir filmes falados em inglês.

16. Leio em inglês por prazer.

17. Faço anotações, escrevo bilhetes, cartas ou relatórios em inglês.

18. Primeiro dou uma lida rápida depois volto e leio cuidadosamente.

19. Procuro palavras em português que são semelhantes às novas palavras em inglês.

20. Tento encontrar padrões (modelos) em inglês.

21. Descubro o significado das palavras decompondo-as em partes que eu entenda.

22. Tento não traduzir palavra por palavra.

23. Faço sumário das informações que ouço ou leio em inglês.

Parte C

24. Para entender palavras desconhecidas, eu tento adivinhar seu significado.

25. Quando eu não consigo me lembrar de uma palavra, eu faço gestos.

26. Invento novas palavras se eu não sei as palavras corretas em inglês

27. Leio em inglês sem olhar cada palavra nova no dicionário,

28. Tento adivinhar o que a outra pessoa dirá em seguida em inglês.

29. Se eu não me lembro de uma palavra em inglês, eu uso uma palavra ou frase que significa a mesma coisa.

Parte D

30. Tento criar o máximo de oportunidades para usar meu inglês.

31. Observo meus erros em inglês e uso isto para ajudar-me a melhorar.

32. Presto atenção quando alguém está falando em inglês.

33. Tento descobrir formas para ser um melhor aprendiz de inglês.

34. Planejo minha agenda de forma a ter tempo suficiente para estudar inglês.

35. Procuro pessoas com quem eu possa falar em inglês.

36. Tento criar o máximo de oportunidades de ler em inglês.

37. Tenho objetivos claros para melhorar minhas habilidades em inglês.

38. Penso sobre meu progresso na aprendizagem do inglês.

Parte E

39. Tento ficar calmo(a) sempre que fico com medo de usar o inglês.

40. Encorajo-me a falar inglês mesmo quando receio cometer erros.

41. Eu me dou uma recompensa quando me saio bem em inglês.

42. Observo se estou tenso(a) ou nervoso(a) quando estou estudando ou usando inglês.

43. Anoto meu sentimentos em um diário sobre a aprendizagem do inglês.

44. Converso com outras pessoas sobre como me sinto quando estou aprendendo inglês.

Parte F

45. Se não entendo algo em inglês, peço a outra pessoa para falar mais devagar ou para repetir.

46. Peço aos falantes nativos para me corrigir quando falo.

47. Pratico inglês com outros alunos.

48. Peço ajuda a falantes nativos.

49. Faço perguntas em inglês.

50. Tento aprender sobre a cultura dos falantes de inglês.

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