Nome: Elizabeth
Idade: não informado
Escolaridade: superior completo - Letras
Tempo de aprendizagem: não informado

Narrativa coletada por Enzo Fabiano



Quando eu fui fazer o estágio eu nem imaginei que seria uma professora de Inglês, mas fiz o estágio, amei a sala de aula, pois já estou há 10 anos nessa mesma escola, comecei lá e estou até hoje.
Eu estudo inglês 6 horas no mínimo por dia. Autodidata, vamos dizer assim, porque eu pesquiso muito, eu tenho muitas fitas, eu ouço Inglês direto no carro, eu estou em casa, não ligo rádio.. é fita mesmo. Mesmo porque se a gente não fizer isso fica defasada porque não tem com quem falar, essas coisas assim.
Eu não uso muito o computador porque sou uma pessoa hiper-ativa, não sei ficar sentada, quieta, essas coisas assim. Então é só movimentando mesmo, falo sozinha, ouvindo minha voz, assim e tal.
Em sala de aula eu não uso muito o livro didático não, eu vou mais pela deficiência dos alunos. Pesquiso o que eles precisam pra depois entrar no que está pedindo. Eu dou aula pra segundo grau e eles chegam no segundo grau com muita deficiência, e os livros de segundo grau não são fáceis pra o nível deles. Então eu entro com alguma coisa mais fácil preparando-os para a gramática do livro, não é? Os textos do livro, coisas assim. E com isso eu pesquiso muito. Me motiva também, não é? É uma coisa que eu me sinto obrigada a fazer, porque quando você faz o que você gosta, você faz com amor, então isso me motiva muito.
Os meninos gostam muito da minha aula por ela ser muito movimentada. É dicionário todas as aulas, e acho interessante que eles compram dicionário porque a escola tem pouco dicionário. Escola estadual. Na hora da prova, sem problema, eles fazem a prova toda em Inglês. Passo no quadro a pergunta em Inglês, passo a mesma em Português. Depois quando chega um mês antes da prova já passo tudo em Inglês pra que na hora da prova eles já são obrigados a saber, não tem nada em Português. Não tem reclamação, o que deveria ter, porque no início eles reclamam bastante, mas depois eles vão acostumando e tal. É sempre trabalhando, pesquisando, inventando porque eu acho que professor tem que inventar muito...professor de língua estrangeira tem que ter um jogo de cintura muito grande, porque senão realmente a aula não flui, não funciona. E com isso eu vou: pesquiso muito. Procuro saber o que agrada os alunos, porque nem só o que está no livro funciona, aliás, não funciona é nada! Então eu trabalho assim em cima do que eles precisam, do que eles gostam. A gente vê filme. Tem o listening também, eu procuro bem fácil pra eles. Quando eles estão entendendo... aí, motiva bastante: “Nossa professora, eu estou entendendo!” É lógico, não é? Coisa de primário, tem mais é que entender mesmo.