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Narrativas coletadas por Andréa Santana Silva

 

NARRATIVA 26

Nome completo: Bruna
Idade: 23 anos
Escolaridade: Curso de Letras
Tempo de aprendizagem da língua: 6 anos
Narrativa coletada por Andréa Santana Silva e Souza em Junho/2010

Eu comecei a aprender Inglês para o Vestibular. Então, a primeira vez que eu tentei, eu não passei por causa do Inglês e decidi me matricular no cursinho, em 2004. Aí, eu conheci a minha primeira professora. Ela era ótima, perfeita e eu me inspirei nela! Eu acho que a maioria dos casos, não é? A gente pergunta um professor: “Por que você quer dar aula”? Aí, ele fala: “Ah, porque eu tive um professor que me inspirou”! Então, essa professora, não pelo fato de dar aula, mas ela me fez ver o Inglês com outros olhos! Aí, eu comecei a gostar mais, me interessar... Aí, eu fiquei doida querendo viajar logo... E, nisso, eu passei no Vestibular... E, fui me interessando mais. É engraçado que, hoje, eu dou monitoria e estou querendo também... Olhando outras escolas para dar aulas porque, além da monitoria, eu faço parte de um projeto aqui na faculdade. Mas, engraçado é que, às vezes, quando estou com um aluno, assim, tento muito estimulá-lo de alguma forma, com alguma atividade. Eles são tão desligados... Eles não têm interesse de correr atrás... Na minha época – uns seis anos trás, quando eu comecei, eu não tinha, em casa, computador, internet... E, quando eu pegava a fita – ainda era fita – de um filme, tinha lá a tradução embaixo, eu tampava a TV e tentava entender o máximo que eu conseguia. Ou então, se você fosse dar uma música dentro de sala... Eu saía correndo quando eu escutava aquela música no rádio porque eu não tinha o CD daquela música em casa. Então, quando aquela música passava, eu saía correndo para o rádio e ficava lá... Acompanhando a letra. E, assim, meu interesse sempre foi muito grande mas, eu acho que partiu mais por causa dessa professora – porque não era minha intenção de mexer com Inglês, com língua estrangeira, e, muito menos, dar aula. Eu acho que partiu mais por essa professora! Depois dela, eu tive um professor que era ótimo, também. Ele me incentivou bastante. Ele era muito inteligente... Tudo ele tinha uma explicação... Tudo ele jogava um tema em cima – que era bem interessante... E, depois disso, eu vi que tinha muita dificuldade com o listening – apesar de conseguir me comunicar, ler e escrever – e decidi fazer um intercâmbio. Eu fui pela agência XXXX – eu não sei se você conhece, a XXXX é a mais conhecida nos Estados Unidos como XXXX. Eu fiquei lá por seis meses, trabalhando num acampamento com crianças. E, nisso, eu aprendi muito com as crianças. Adolescente, americano, é meio difícil – porque ele não tem muita paciência... Se você fala com ele, ele sai e te deixa falando sozinho... Mas, com crianças... Eles queriam saber coisas do Brasil e, nisso, a gente conversava sobre várias coisas... E a família, que foi a minha host family, eu aprendi muito com eles. Sempre interessados em querer levar a gente para algum lugar, conversar... Queriam saber coisas do Brasil, também. E, nesse intercambio, eu aprendi muito. Tive dificuldades, no primeiro mês... Na época que eu fiz intercâmbio, já tinha cinco anos que eu estava aprendendo Inglês e eu achei que fosse chegar lá já falando, entendendo tudo... E, eu cheguei lá, não entendia nada que eles falavam... Era uma confusão. Pediam para eu ficar pronta pra sair e eu, quando via, não tinha entendido. No primeiro mês, foi bem difícil em questão de comunicação. Depois, eu já estava indo embora, eu falei: “Nossa, melhorou bastante”! E, assim, você falou em esperança, minha esperança sempre foi aprender mais... Em relação à cultura deles e... Minha inspiração é viajar bastante, conhecer pessoas e lugares diferentes! E, agora, eu acho que eu quero dar aula para tentar ver se eu consigo incentivar um aluno da mesma forma que, um dia, eu tive essa professora que me incentivava! É isso...